A primeira rodada de maio da pesquisa Ipespe mostra estabilidade no cenário eleitoral: o ex-presidente Lula segue na liderança, com 44% — um ponto a menos que na rodada anterior —, enquanto o presidente Jair Bolsonaro registrou 31%, mesmo patamar de duas semanas atrás. Depois deles, aparecem estáveis Ciro Gomes (8%), João Doria (3%) e André Janones (2%). Simone Tebet oscilou de 2% para 1% e Luiz Felipe d’Ávila marcou 1%. Outros candidatos não chegaram a 1%.
No levantamento espontâneo, quando não são exibidos os nomes dos candidatos, Lula se mantém na dianteira com 38%, e Bolsonaro oscilou um ponto para mais, indo a 29%.
Foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência nacional, nos dias 2, 3 e 4 de maio. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-03473/2022. A margem de erro máxima é de 3,2 pontos percentuais.
As oscilações coincidem com a continuidade da melhora da avaliação de Bolsonaro. O índice de ótimo e bom atingiu 31% ante 30% na última pesquisa, uma tendência de crescimento que segue desde janeiro, quando as avaliações positivas eram 24%. As avaliações negativas restaram estáveis, em 52%.
Também registaram oscilações positivas as percepções sobre o caminho da economia (certo para 32%, contra 31% em abril e 22% em novembro do ano passado) e sobre o noticiário em relação ao governo (positivo para 14%, ante 13% na última leitura e 7% em janeiro).
Outro indicador positivo para Bolsonaro é a redução gradual no índice dos que dizem não votar nele “de jeito nenhum”. Esse percentual passa de 64% em janeiro para 60% agora. No caso de Lula, essa rejeição atinge 43%, um ponto a mais que no levantamento anterior, mas fica estável em relação ao começo do ano.
A pesquisa mostra ainda que a inflação é o tema que mais preocupa o eleitor brasileiro. Para 23%, esta é a questão mais relevante a ser enfrentada pelo próximo presidente logo no início do governo. Ela aparece empatada com a educação, área mais relevante para outros 23%. Somada, a pauta econômica (inflação, desemprego, miséria e salário) é a maior preocupação para 46% do eleitorado, se isolando dos demais temas como o mais citado.
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