por Fernando Mineiro
Seguindo a lógica bolsonarista e a exemplo do que fez em 2020 - esse ano também tem eleição - o prefeito de Natal tenta reeditar a política da polarização em relação ao enfrentamento à pandemia.
Invés de se somar na luta pela vacinação de crianças, de providenciar a abertura de novos leitos e de postos de testagens, Álvaro baixou decreto derrubando a exigência de comprovante de vacinação na cidade, prestando um desserviço à população. Ficar ao lado do vírus é de uma irresponsabilidade sem limites para com a sociedade.
A atitude do prefeito enfraquece as ações dos poderes públicos no enfrentamento ao avanço acelerado da contaminação das pessoas. A lotação das Unidades Básicas de Saúde, UPAs e hospitais está aí para nos alertar sobre a gravidade da situação do crescimento exponencial de casos de Influenza e Covid-19.
O acertado decreto estadual de exigência do comprovante de vacinação contribui para o aumento da busca pela vacina. E está mais do que provado: vacinas salvam vidas.
Diante do conflito criado pelo decreto municipal, é importante que o Ministério Público e o Judiciário se posicionem rapidamente para resolver o impasse criado por essa atitude do prefeito, que joga a favor do adoecimento das pessoas. No ano passado, valeram as decisões que mais protegeram a população. Aliás, ainda ontem o MP e a Defensoria Pública acionaram o Judiciário cobrando medidas mais restritivas por parte do Estado.
Certamente esses órgãos agirão diante dessa medida do prefeito de Natal que enfraquece o enfrentamento da pandemia e fortalece a expansão da variante do vírus.
A defesa da vida está - ou deveria estar - acima de todo e qualquer interesse político menor.
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